Eurotooling 21
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO |
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Atividades / Objetivos Esperados / Desenvolvimento |
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A Indústria de Moldes portuguesa, pela sua dinâmica, capacidade de Inovação e de iniciativa conjunta, tem sido capaz de interpretar bem a estratégia de promoção conjunta das suas capacidades, especialmente ao nível internacional, e, neste sentido, a Campanha de Imagem internacional, liderada pela CEFAMOL e apoiada pelo ICEP tem produzido resultados. É também neste sentido que o CENTIMFE e a CEFAMOL vêm promovendo de dois em dois anos a SEMANA DE MOLDES, onde desencadeiam um conjunto de ações internacionais, que permitem dar a conhecer o Setor, percecionar a concorrência e acompanhar o estado-de-arte.
Resultante da estratégia desenvolvida, formam já apresentados e concretizados vários projetos de I&D, que permitiram criar uma rede de cooperação internacional cada vez mais coesa, que foi consolidada na reunião de apresentação do VI Programa Quadro, em Bruxelas, em outubro de 2002. Nesta altura, quatro entidades europeias – CENTIMFE (Portugal), ASCAMM (Espanha), IPT Fraunhofer Institut (Alemanha) e o CRIF (Bélgica) – decidiram promover e apresentar a candidatura do projeto ET21 – “EuroTooling 21: SME-IP to prepare the European tooling industry for the 21st century”. Foi ainda neste âmbito que o CENTIMFE foi convidado a liderar este projeto Europeu. OBJETIVOS O Objetivo do ET21 é contribuir para aumentar a competitividade da Indústria Europeia de Moldes e Ferramentas Especiais. Nesse enquadramento a atuação será especialmente dirigida para o incremento do valor acrescentado da oferta destas empresas, numa perspetiva integradora da inovação ao nível do produto (moldes e ferramentas), das tecnologias de produção e dos serviços de elevada componente tecnológica e numa envolvente da cadeia global de oferta. Pretende-se assim, ganhar competitividade na Indústria Europeia face ao mercado Americano e Asiático, pela diferenciação de produto e de processos. PARCERIA Saliente-se que os trinta e quatro Parceiros deste projeto, representam dez Países da Europa, nomeadamente, Portugal, Espanha, Alemanha, Bélgica, França, Itália, Reino Unido, Holanda, Áustria e Polónia. * Devemos ainda salientar a consistência da parceria estabelecida, ao nível da ligação ao Sistema Científico e Tecnológico, com o envolvimento de sete Universidades e Instituições do Ensino Superior, bem como, cinco dos principais Centros Tecnológicos e de Inovação europeus. Do lado industrial, participam três fornecedores de primeira linha e uma OEM, bem como, treze empresas industriais e quatro empresas industriais fornecedoras de tecnologia - High-Tech.Na Europa, os recursos (especialmente o trabalho) são relativamente caros e neste sentido, a diferenciação competitiva só pode ser alcançada pelo incremento acentuado do valor acrescentado dos produtos e serviços produzidos pela indústria Europeia. Pretende-se por isso, que o ET21, contribua para que a Indústria de Moldes e de Ferramentas passe a ser fortemente “knowledge-oriented” através de uma combinação equilibrada de tecnologia e conhecimento ao longo da cadeia de valor (design e concepção, produção, distribuição e reciclagem/manutenção), traduzida num valor diferenciador para as PMEs, que assim suportam a sua posição de fornecedores das OEMs dos principais sectores industriais na Europa. Por isso, a abordagem do ET21 caracteriza-se por uma abordagem Bottom-up, em que o ponto de partida são as necessidades das PME’s e os requisitos das OEM’s (necessidades industriais), por forma a permitir a selecção adequada e competitiva das diferentes tecnologias para o desenvolvimento de actividades de I&D de aplicação industrial. Desta forma, pretende-se que estes desenvolvimentos permitam o reposicionamento das empresas em níveis mais elevados da cadeia de valor. |
ATIVIDADES E CASOS DE ESTUDOAssim, o ET21, parte da necessidade do Mercado (produtos-referência para os próximos dez anos), traduzida no desenvolvimento de três Casos de Estudo, suportados por atividades de investigação paralela e dirigida em prol dos objetivos do projeto. O ET21 será dinamizado pela Indústria, quer na perspectiva de validação dos desenvolvimentos das soluções tecnológicas e dos processos, resultantes das atividades de investigação, aplicando-os em ambiente industrial quer ainda na definição de objetivos e requisitos enquadradores do esforço de investigação. Neste contexto, toda a atividade de I&D, efetuada no âmbito do presente projecto, estará fortemente ligada ao desenvolvimento de soluções eficazes e eficientes, que permitam operacionalizar os objetivos de cada um dos Casos de Estudo e, como tal, do ET21. Como forma de validar e monitorizar os resultados “on-going”, será desenvolvida uma atividade complementar de Benchmarking, para cada Caso de Estudo, segundo a metodologia de trabalho, reconhecida, da Universidade de Aacken, da Alemanha. A estrutura do Projeto assemelha-se em tudo à de uma empresa, pretendendo-se, deste modo, não apenas a identificação de responsabilidades por áreas de atividade e de coordenação global do projeto, mas também, o desenvolvimento de efeitos sinergéticos, proporcionados pela integração das diversas actividades a desenvolver, em que o principio basilar é o desenvolvimento na perspetiva da industrialização das soluções inovadoras alcançadas. Assim, as atividades de coordenação, integração e disseminação estarão enquadradas nos sub-projetos deGestão (SP1), de Inovação (SP2), de Comunicação (SP3) e de Formação (SP4). Os “motores” do projeto são os Casos de Estudo, nomeadamente:
Para a consolidação destes Casos de Estudo, o consórcio deverá contar com os desenvolvimentos de novos processos e de tecnologias integradas nas seguintes áreas de investigação.
A participação das empresas industriais será fundamental, não apenas ao nível da coordenação e orientação geral do projeto e dos Casos de Estudo, mas também na implementação, validação e demonstração das soluções desenvolvidas. Atividades de Portugal no ET21 Neste projeto, a Indústria de Moldes portuguesa assumirá responsabilidades não apenas ao nível da coordenação geral do projeto, o que representa desde longo um facto histórico que importa capitalizar, mas também ao nível da coordenação das atividades que envolvem a área de investigação de “Serviços de valor acrescentado (RA3)”, e o Caso de Estudo (CS3) – Produção de Moldes e Ferramentas para pequenas séries de peças plásticas de grande dimensão (Produto: Cabine de Portagem). Os Parceiros Portugueses terão uma participação ativa quer em todas as atividades de I&D (RA1, RA2 e RA3), quer no CS3, usufruindo desta forma de uma vantagem muito importante, uma vez que integrarão todos os grandes desenvolvimentos que vierem a ser alcançados no âmbito do projeto. Devemos dar destaque à coragem e determinação das instituições e empresas envolvidas na Parceria Portuguesa, ao assumirem neste projeto o risco de aprofundar desenvolvimentos tecnológicos que lhes permitirá uma diferenciação competitiva a prazo, fazendo-o com a pequena estrutura que possuem, mas numa lógica de cooperação, o que, desde logo, foi considerado pela CE, um fator determinante para a aprovação do projeto. A lógica de cooperação estendeu-se ao envolvimento no projeto de duas Universidades Portuguesas, que assumiram desde há muito a necessidade de trabalhar em conjunto com empresas industriais, em prol do desenvolvimento científico com aplicação industrial e criação de riqueza no tecido económico nacional. Por último, importa salientar a importância deste projeto coordenado por Portugal numa altura em que o Setor de Moldes Português, através da CEFAMOL, se prepara para assumir a liderança da seção europeia da ISTMA – Associação Mundial da Indústria de Moldes, sendo que também esta será um parceiro do ET21, onde exercerá funções ao nível da orientação estratégica do projeto. As áreas de atividade de investigação para os parceiros portugueses envolvem:
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A Importância de Portugal participar no European Research Area (ERA) |
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A Política de Integração Europeia, definida por todos os Estados-Membros da UE, perspetiva que os recursos para a Inovação sejam cada vez mais utilizados numa lógica de integração sinergética de parcerias Europeias, por forma a contribuir para o reforço e afirmação diferenciadora da Indústria, face às outras zonas geográficas, nomeadamente América do Norte e Ásia. Neste contexto, está em desenvolvimento o European Research Area, para o qual o VI Programa Quadro da EU apresenta alguns instrumentos financeiros (Programas de Apoio) que pretendem dar corpo a esta visão estratégica. O reconhecimento da tipificação da Indústria Europeia, baseada fundamentalmente em PME’s e dos fracos benefícios usufruídos por estas, após a sua participação em projetos de I&D, em programas anteriores da UE, levaram ao repensar a forma e a tipologia de programas que permitam o envolvimento estratégico das PME’s em atividades de I&D no espaço Europeu. Foi assim, que no âmbito do atual Programa Quadro da EU, foram criados os Projetos Integrados para PME’s, onde se previu desde o inicio, uma dotação orçamental de cerca de 42 Milhões de Euros, para afetar a cerca de 5-6 grandes projetos Europeus. Refira-se que a grande vantagem deste tipo de Programas, quer para os promotores, quer para os Estados-Membros, é que os mesmos são geridos diretamente por Bruxelas, e desta forma, a conquista de um projeto aprovado acaba por ser uma dotação adicional de recursos para o País recetor – PORTUGAL neste Projeto – com as consequentes vantagens para a Indústria e consequentemente para o PIB Nacional. Por outro lado, os Países Europeus estão a posicionar-se na formulação e na construção do European Research Area, numa atitude, por vezes agressiva, de promoção, incentivo e apoio, junto dos respetivos Agentes de Inovação nacionais.
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Os Países Europeus estão, na sua generalidade, a consertar as suas políticas internas, e os seus técnicos em Bruxelas, por forma a motivarem as suas PME’s e os seus Centros de I&D e Universidades a participar ativamente nos programas Europeus. Desta forma, conseguem influenciar a tipologia de programas, angariar recursos adicionais para os respetivos países, liderar o ranking de I&D na Europa e naturalmente estimular a competitividade das suas empresas e economias pelo acesso e participação no desenvolvimento tecnológico. É neste contexto, que a generalidade dos parceiros internacionais do ET21, já têm assegurados programas nacionais para o cofinanciamento por parte dos seus Governos a esta estratégica iniciativa europeia. Este é sem dúvida o caminho para o desenvolvimento na participação Europeia. Esta é também a fórmula, por vezes única, mas hábil, que as PME’s encontram para participar e aceder ao desenvolvimento tecnológico e assim alcançar níveis de diferenciação competitivos, que permitem atuar no mercado global. Por tudo isto, e no cumprimento da sua Missão, o Centimfe, conjuntamente com a Indústria que representa e com os seus parceiros, tem procurado explorar os caminhos que permitam, não apenas a participação da Indústria Portuguesa em redes de I&D com o seu envolvimento direto no contexto tecnológico internacional, mas também, cumprir a sua função, enquanto parceiro estratégico do Governo, na dinamização de linhas de ação para o desenvolvimento da Indústria que representa.
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PARCEIROS |
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Os Parceiros Portugueses são: o Centimfe (Coordenador Europeu); a 3D Tech (grupo Vangest) - Coordenador do CS3 e representante da Indústria portuguesa no Conselho de Administração do projecto; a Anibal H. Abrantes (Grupo Iberomoldes); a Plasdan (Grupo Plasdan); a Partner Solution (empresa industrial High Tech); a Brisa (OEM – Portugal); o Instituto Superior Técnico (Universidade Técnica de Lisboa); a Universidade do Minho (Departamento de Polímeros).
Em termos financeiros, o orçamento dos Parceiros Portugueses representa cerca de 26% dos 12 Milhões de Euros previstos para o ET21, e cerca de 25% dos 6 Milhões de Euros do financiamento comunitário, previsto para os quatro anos de execução do Projeto. |
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