BENCHMARKIng



IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

 

 

 

Cada vez mais, a inovação, na perspetiva da criação de sinergias entre as competências dos Recursos Humanos, Tecnológicos e de Gestão, é reconhecida como um fator determinante na melhoria da competitividade das empresas, sobretudo nas de menor dimensão.

No intuito de fomentar e dinamizar iniciativas desta natureza por parte das PME’s portuguesas, o IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento, lançou o Projeto de Apoio à Inovação Tecnológica – Benchmarking.

O objetivo do projeto é promover a inovação tecnológica das PME, estimulando a procura, por parte das empresas, de serviços qualificados dos Centros Tecnológicos e fomentando o envolvimento destes em atividades que visem potenciar estratégias de internacionalização de PME e favorecer o reforço das estratégias inovadoras.

O programa desenvolve-se através da avaliação e comparação de estados de desempenho de empresas dos sectores abrangidos pelos Centros Tecnológicos, tendo por referencial medidas comparativas, o designado Benchmarking, e métodos capacitadores que promovem níveis superiores de desempenho global.

BENCHMARKING

Definição

Benchmarking é, segundo Watson, um método estruturado de aprendizagem de outras organizações e a aplicação desse conhecimento na melhoria dos processos de trabalho.Benchmarking é, segundo Spendolini, um processo sistemático e contínuo para a avaliação de produtos, serviços e processos de trabalho de organizações, as quais são reconhecidas como as melhores práticas implementadas, com o objetivo de melhoria de todo o sistema organizacional.Benchmarking é um processo de pesquisa que permite às organizações realizar comparações de processos e práticas, empresa-a-empresa, para identificar o melhor do melhor e alcançar um nível de superioridade ou de vantagem competitiva.

Ao contrário de outras ferramentas de gestão, o Benchmarking estimula as empresas a procurar, além das suas próprias operações ou indústrias, fatores chave que influenciam a produtividade e os resultados.

Esta filosofia pode ser aplicada a qualquer função (vendas, distribuição, investigação e desenvolvimento, engenharia, recursos humanos), embora produza geralmente melhores resultados quando aplicada à empresa como um todo.

Benchmarking é:

 

Benchmarking não é:

Um processo contínuo

Uma procura que fornece informação valiosa

Um processo de aprendizagem

Um leque de oportunidades

Uma análise aos processos

Uma ferramenta de gestão, aplicável aos processos da empresa

 

Um livro de receitas

Uma cópia ou uma imitação

Reinventar o que já foi inventado

Uma constatação de factos

Uma moda de gestão

 

O principal objetivo do Benchmarking, é aprender!

É muito importante assumir a postura da organização que aprende!

TIPOS DE BENCHMARKING

1. Benchmarking Interno. Neste processo, a análise é focada na mesma organização, comparando diferentes funções ou processos, partindo do pressuposto que há unidades ou funções mais eficientes que outras. 

2. Benchmarking Competitivo. Envolve a comparação dos produtos, serviços e processos de trabalho da empresa, com os seus concorrentes diretos. 

3. Benchmarking Funcional. Consiste em identificar as melhores práticas de qualquer tipo de organização, considerada excelente na área funcional sujeita a Benchmarking. Estuda uma função específica dentro da indústria. 

4. Benchmarking Genérico. Neste tipo de estudo, a empresa não está limitada à concorrência ou à indústria. O sucesso depende da sua capacidade para descobrir processos análogos, cujas práticas de bom desempenho possam ser adaptadas à empresa.

Tipos de Benchmarking Adaptabilidade da Informação Recolha de Dados Potencial de Inovação
Interno Fácil Fácil Baixo
Competitivo Complexo Elevado Médio
Funcional Exigente Razoável Elevado
Genérico Exigente Reduzido Elevado
 
 
Princípios Fundamentais do Benchmarking
 
1. Reciprocidade. O Benchmarking é uma prática baseada em relações recíprocas, na qual todos os participantes beneficiam da partilha de informação.
2. Analogia. Consideram-se processos semelhantes ou análogos, quando há uma transferência de conhecimentos entre os parceiros do estudo.
3. Medição. O Benchmarking é uma comparação de desempenho entre empresas, que passa pela compreensão das razões que justificam os melhores resultados e as diferenças em relação às empresas líderes. Os sistemas de medição e as ferramentas utilizadas nessa análise, dependem dos indicadores selecionados.
4. Validade. A fiabilidade dos estudos pode ser validada por métodos estatísticos. Os participantes não devem confiar na sua intuição ou em suposições que poderão pôr em causa as conclusões do Benchmarking.
 
Princípios de Conduta em Grupos de Benchmarking
 
1. Princípio da Legalidade. Os estudos não podem ser usados para fixar preços, limitar a acção dos concorrentes, celebrar alianças estratégicas, ou divulgar informações a terceiros, sobre os parceiros.
2. Princípio da Troca. A partilha de informações deve ser recíproca, equitativa, e compensar o investimento associado. Nunca deverá pedir qualquer tipo de informações que a própria empresa tenha relutância em partilhar.
3. Princípio da Confidencialidade. A informação obtida de um parceiro de Benchmarking, deve ser tratada numa base estritamente confidencial. Nunca se poderá revelar a terceiros o que se aprendeu com o estudo, sem o prévio consentimento da empresa analisada.
4. Princípio do Uso. A informação obtida através do Benchmarking, só poderá ser usada para a melhoria dos processos organizacionais. É vedada a sua utilização para outros fins, tais como: comerciais, publicitários ou promocionais.
5. Princípio do ContactoOs contactos efetuados no âmbito do Benchmarking, devem ser realizados por pessoas credenciadas para esse efeito.
6. Princípio da Preparação. Os exercícios de Benchmarking, devem ser precedidos de um trabalho preparatório de dados e informações, que especifique claramente o que se pretende analisar.
7. Princípio do Cumprimento e Conclusão. O processo de Benchmarking deve ser desenvolvido de forma a satisfazer as expectativas de todos os intervenientes no grupo. O tratamento da informação deve ser assegurado de forma apropriada e nos prazos estabelecidos.
8. Princípio da Acção. Os parceiros devem acordar entre si, a forma como a informação será tratada pelos membros do grupo.

 

 

Porquê Benchmarking no Setor de Moldes?

Porque é um setor internacionalmente reconhecido, maioritariamente exportador, utilizador de tecnologias avançadas e com uma capacidade técnica “invejável”.


Como surgiu o Projeto Benchmarking?

Este estudo surge por iniciativa do IAPMEI que, formalizando uma rede de parcerias, proporcionou a todos os setores envolvidos, uma ferramenta de Diagnóstico, fomentadora de processos de inovação e de implementação de planos de melhoria.

 

Desenvolvimento do Projeto Benchmarking

Indicadores

Neste Projeto, foram identificados e quantificados uma bateria de Indicadores, que abrangeu todas as áreas: Gestão, Financeira, Excelência do Modelo de Negócios, Comercial, Conceção de Desenvolvimento e ainda um conjunto de indicadores inerentes à Área Produtiva, dos quais destacamos, a caracterização dos Equipamentos, os Recursos Humanos e os Tempos não Produtivos.

 

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PARCEIROS

IAPMEI – Promotor

CENTIMFE – Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plástico

CATIM – Centro Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica

CTCV – Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro

CTIC – Centro Tecnológico da Indústria do Couro

CTC – Centro Tecnológico do Calçado

ADI – Agência de Inovação

TECNOPOLIS